Desde nova tinha uma aspiração por empreender, na escola vendia bijuterias na minha maleta da Xuxa, na faculdade, os doces da vovó feitos com tanto gosto.
Quando me formei em Design de Moda, eu queria me especializar em tudo; estilo, marketing, produção de moda, comercial, e enquanto estive no mundo corporativo, me propus passar por cada área e viver a realidade que cada uma me impunha, e ao final, batia sempre o mesmo vazio que nenhuma delas preenchia.
Algo já me indicava que trabalhar no corporativo não era exatamente o que eu queria em termos de Moda. Porque já compreendia e reprovava o sistema. Não adianta ter apenas uma marca, é preciso fazer serviço, e sinceramente, eu não percebia nada disso, aliás, o que me era exigido, eram apenas números.
Neste momento, a minha sensibilidade já sentia, o que a minha mente, ainda não era capaz de compreender. Os vendedores sempre emburrecidos e os criadores sempre muito afogados no processo e no dia a dia. O consumo desenfreado, o incentivo para o externo, para ter e conquistar mais, automação, fórmulas, e o cliente apenas como uma carteira de dinheiro e uma completa indiferença frente a real necessidade do seres.
Deu para ficar sem ar aí? Pois é, era preciso, desacelerar. Por mim, e por você. E como tudo na vida é um processo, eu ainda me encontrava no meio do olho do furacão, ou seria da moda sem propósito? Até que um dia aparentemente normal, minha chefe me chamou, e você pode imaginar o que aconteceu? Fui demitida. Apesar de ser um emprego que eu almejava desde a época da faculdade, na verdade, a minha personalidade desejava, porque na prática nunca havia preenchido o meu coração. Mas só consegui compreender isso depois, (que não apenas a minha sensibilidade, mas a minha razão conseguiram atuar juntas).
Naquele momento, meu mundo parou, nunca havia sentido isso. Na escola tinha aprendido a importância de se ter um bom emprego, a ser reconhecida, mas não me ensinaram a ser valente frente as lutas da vida, a debilitar o que eu carrego de negativo, a trocar o temor pelo valor. Como então eu faria frente ao que acabava de me acontecer? Como contaria aos meus pais? Eu estava apavorada, nesse dia, dentro do meu carro, ao retornar para casa, eu chorei um tanto bom. E como toda adversidade é uma oportunidade de crescimento, através da primeira batalha da minha vida, (ou pelo menos da que eu passei a ser um pouco mais consciente), senti a necessidade em forjar um novo ser, resgatar o que verdadeiramente importa, (resgatar a voz do meu coração), ser mais humilde, fortalecendo minhas energias internas para viver uma vida mais útil e feliz. Para mim, e para você.
E dessa experiência que no primeiro momento parecia trágica, surgiu a valentia e a convicção que eu precisava para empreender. Eu estava no jogo, essa luta agora era digna. Só existe sentido em fazer algo quando se está indo em alguma direção. E eu havia encontrado a minha, onde eu poderia servir o universo e os meus semelhantes com os meus valores e virtudes.
A partir disso, o meu processo de investigação e pesquisa, começou.
Empreender produz um gesto de olhar para fora e para dentro, para os lados e além (muito além), enquanto se projeta num ato de realizar, (na minha própria vida e agora no meu próprio negócio), e os recursos que eu tenho importam, (sempre importaram), eles são um grande guia, eu só ainda não sabia.
Aliás, posso dizer que os meus recursos internos, são os que verdadeiramente me sustentam em todos os momentos. Decisão, valentia, disposição de ânimo, constância, perseverança, otimismo, gratidão, entre tantos outros valores e virtudes que são necessários fortalecer em qualquer campo da vida. O que é, em essência ter sucesso em um negócio? Vender?
Prazer, mais um desafio batia a minha porta. Eu não queria que as minhas clientes tivessem a sensação de que eu sempre senti em quase todas as lojas que entrava. Ser mais uma do mesmo, não importa a minha necessidade, importa o meu dinheiro.
Alguém se identifica? Então continua comigo.
Eu queria muito mais do que isso, eu queria experiência, vínculo afetivo, confiança mútua. Vender com o coração. Sabe aquela cliente que te chama para almoçar na casa dela? E aquela que você convida para o seu casamento? Tem aquela que adora seu lifestyle e te pede opinião de qual shampoo novo usar.
Isso preenche o meu coração, tem significado, tem verdade, tem valor. Para mim, vai além de apenas expor o meu produto, é criar a oportunidade de compartilhar o que faço olho no olho, e se não for possível, que você sinta a distância, todo o meu entusiasmo e alegria em um atendimento mais intimista, desacelerado, com amor e atenção.
E não é que como estilista sou uma excelente vendedora? Ufa, agora sim, nessa busca de encontrar fragmentos de verdade, perdidos por esse mundão, encontrei o meu porquê para mim e para o mundo. A nina cho nasceu em 2013 com o propósito de um estilo de vida com individualidade e conforto através de um design clássico.
Resgatando a beleza do tricot para atender uma mulher que valoriza peças atemporais e de alta qualidade, unido a fornecedores que ofereçam um maquinário de ponta que produza peças de alto padrão. Com o princípio de desacelerar o consumo, e estar feliz consigo mesma.
Além da qualidade no produto, cada atendimento é feito com o coração, em um processo que começa muito antes de apenas fechar uma venda, mas com a missão de entregar um serviço transparente e que faça sentido, respeitando o tempo de cada cliente.
Aqui é a sua necessidade que vai ditar tendência. Elegância, alta qualidade, e moda com sensibilidade, são caraterísticas nina cho para atender você da forma como merece.